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Morgan Pitts

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Morgan Pitts sempre foi ligada no estilo. Enquanto estudava marketing na Universidade de Maryland, muitos dos amigos dela a estimulavam a criar um blog, mas foi só depois de formada que ela se tornou blogueira para mostrar o trabalho que fazia. A partir daí, um tweet improvisado e uma ideia para uma camiseta inspiraram a Morgan a criar uma plataforma como uma maneira de construir uma comunidade on-line. Agora, ela usa o blog @blackgirlswhoblog e a hashtag do Instagram #blackgirlswhoblog (garotas negras que blogam, em tradução livre) para compartilhar playlists e inspirações e para empoderar mulheres pretas e ampliar as vozes delas em todo o mundo.

O que é “Black Girls Who Blog?”

“Black Girls Who Blog” é uma comunidade on-line de mulheres pretas na blogosfera e um lugar onde aquelas que são blogueiras podem ser vistas, ouvidas, celebradas e validadas

Por que você decidiu criar essa comunidade?

Quando me formei, uma amiga que estava participando de desfiles me pediu para fazer a produção dela para novas fotos. Então, resolvi criar um blog. Queria ter algo concreto para mostrar meu trabalho.

Vamos adiantar para um ano depois, em abril de 2014: despretensiosamente, escrevi um tweet dizendo que adoraria uma camiseta com os dizeres “Black Girls Who Blog”. Não foi intencional, não planejei nada. Simplesmente escrevi no Twitter. Naquela época, eu tinha uma pequena comunidade de mulheres pretas blogueiras. Nós nos seguíamos e apoiávamos as postagens umas das outras. Uma amiga entrou em contato e perguntou se poderia colocar uma ilustração junto ao texto na camiseta. Ela me enviou um rascunho do logotipo original do "Black Girls Who Blog" e mandou confeccionar as camisetas. Foi assim que nasceu a #BlackGirlsWhoBlog. 

Criei um perfil no Instagram para promover as camisetas. Quando isso acabou, pensei em continuar a postar nessa conta e compartilhar diferentes blogueiras pretas que eu considerava criativas, talentosas, legais e com um trabalho de qualidade. 

Comecei destacando um tema diferente por dia, e isso me trouxe alguma consistência. O resto é história.

A camiseta "Black Girls Who Blog" permite que fãs e seguidores demonstrem admiração na vida real

Você é a única pessoa por trás disso? Você redige todos os textos?

Isso mesmo. Eu faço literalmente tudo. Faço tudo sozinha.

Como você encontra pessoas? Como foi a evolução da comunidade desde o lançamento?

No início, eu postava sobre blogueiras que conhecia. Conforme a hashtag e a página cresceram, só precisei pesquisar #BlackGirlsWhoBlog no Instagram. Os destaques são selecionados usando a hashtag e a tag nas fotos. Há alguma coordenação de cores que vai para a seleção, então toda semana há um tema de cores coeso.

Qual é a resposta das pessoas que você apresenta? Você acha que a comunidade está crescendo?

A comunidade é muito dinâmica. Tem pessoas que estão aqui desde 2014 e vão continuar e nos apoiar. E também aqueles que estão conhecendo a gente só agora. Eles se envolvem e querem fazer parte da comunidade. 

Não informo as pessoas que elas aparecerão em destaque. Faço minha pesquisa e seleciono o conteúdo da postagem. Todos ficam ainda mais entusiasmados quando são apresentados em destaque porque não tinham ideia do que estava por vir. No dia, eles veem e adoram a surpresa!

Michelle Ijeoma foi um destaque recente no @blackgirlswhoblog. Ela é uma advogada corporativa que tem um blog sobre beleza e estilo em michelleijeoma.com

Como está indo a hashtag Black Girls Who Blog?

Há alguns meses, a hashtag #BlackGirlsWhoBlog no Instagram chegou a um milhão de usuários, e tenho muito orgulho disso. É possível ver claramente como tem crescido o número de seguidores e como as pessoas interagem com o conteúdo.

O que você descobriu sobre essa comunidade que não sabia?

A gente presume que só existem blogueiros famosos. Você nem sequer percebe quantas pessoas têm blogs pessoais que elas levam a sério, atualizam sempre e aos quais dedicam muito tempo, esforço e dinheiro. Existem blogs com muitos temas e caminhos diferentes. 

Você participa de muitos painéis. Poderia falar um pouco sobre isso?

Fiz dois eventos em Nova York. Um deles era um painel com três mulheres que mencionei no meu blog e falamos sobre como a blogosfera e a Internet amplificaram vozes marginalizadas. 

Fiz outro evento com a marca Glossier, que estava ampliando a gama de tonalidades de produtos para a pele. Depois, mais recentemente, fiz um tutorial de videochamada on-line sobre como elaborar conteúdo de vídeo com o app Jumprope. [Eventos como esses são] uma extensão do “Black Girls Who Blog”. São eventos para membros da comunidade, e eu participo quando surge a oportunidade. Alguém aparece e pergunta: "Olá, você estaria interessada em participar disso?" Se eu estiver interessada, abraço a ideia. É uma extensão da marca na vida real versus em um URL.

Morgan comemora o aniversário usando uma saia dourada e uma camiseta com a inscrição “Eat. PRAY. Blog.” (Comer. REZAR. Blogar)